TRADIÇÕES E FESTAS EM JUNHO
Oriundas dos nossos queridos antepassados lusitanos, as festas juninas se modernizaram, ganharam novos traços culturais, mas permanecem no calendário cultural do país. O que poucos sabem, e que a loucura da correria do mundo moderno, é o tanto de riqueza de informações, culturalmente falando, e de História trazem estas manifestações populares.
Por exemplo, quanto às fogueiras. O fogo é o principal elemento junino e os povos pagãos acendiam fogueiras sabe para quê? Espantar os maus espíritos das colheitas. Já os cristãos o fazem homenagem aos santos. Aprendemos também que os formatos das fogueiras estão ligados ao santo homenageado. Vejam só: a) QUADRADA: Homenagem a Santo Antônio; b) CÔNICA: Homenagem a São João e c) PIRAMIDAL: Homenagem a São Pedro.
Mas não é só isso. Quanto às tradicionais vestes caipiras, por exemplo, que sabemos? O estereótipo do caipira foi criado nas escolas das grandes cidades pela apropriação do personagem do livro "O jeca tatu", do escritor Monteiro Lobato, o mesmo criador do inesquecível “Sítio do Picapau Amarelo”. Antes disso, era usada a melhor roupa, não necessariamente luxuosa, mas confeccionada para a ocasião.
E as danças? O que temos de informação sobre elas? A quadrilha de salão ou quadrille era uma dança camponesa de origem inglesa que chegou à França e se popularizou nas cortes européias nos séculos XIV e XV. Foi introduzida no Brasil pelos colonos portugueses, tendo grande incentivo com a vinda da Família Real em 1808. O formato da quadrilha junina surge nos anos 1930, durante o período Vargas, por meio da ampliação das escolas na área rural.
O que mais? É mergulhar nesse universo de tradições que atravessa os tempos, mantê-las – triste de um povo que não possui tradições – passá-las para nossos filhos, sobrinhos e netos.
E um bom junho cheio de muitas festas e felicidades para todos!
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